quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Chega um momento em que somos aves na noite, pura plumagem, dormindo de pé, com a cabeça encolhida. O que tanto zelamos na fileira dos dias, o que tanto brigamos para guardar, de repente não presta mais: jornais, retratos, poemas, posteridade. Minha bagagem é a roupa do corpo. 
Fabrício Carpinejar