segunda-feira, 27 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Tradição Koinobori
No Japão, famílias com filhos homens hasteiam, no dia 5 de maio, sobre um mastro de bambu, o Koinobori, que é uma carpa colorida de tecido ou papel. Quando o Koinobori é visto tremular junto ao céu azul tem-se a impressão de estar vendo uma carpa nadando contra a correnteza. O Koinobori representa o Dia dos Meninos, e a carpa é um símbolo de força, persistência, bravura e sucesso. Esse peixe consegue nadar e subir correntezas e cataratas sem a ajuda de ninguém, e numa fábula chinesa, a valente carpa se transforma num dragão no final da escalada. Os atributos que a carpa simboliza parecem virtudes militares (persistência, coragem, sucesso), e de fato, ela está em algumas lendas que falam de guerras ocorridas num período remoto, tanto é que nos santuários do deus da guerra, Hachiman, são distribuídos amuletos em forma de carpa. A prática de hastear o Koinobori surgiu no século XVII entre os plebeus urbanos, que resolveram apresentar uma alternativa ao costume dos samurais de exibirem suas armas e armaduras no Dia dos Meninos. Além de ser mais simples, a carpa de tecido simbolizaria os mesmos valores pretendidos pelos guerreiros sem ser tão ostensivo.
Tirado do site do artista plástico Lucas Isawa
Tirado do site do artista plástico Lucas Isawa
quinta-feira, 23 de julho de 2009
No começo era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: “Eu escuto a cor dos passarinhos.” A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois Em poesia que é a voz do poeta, que é a voz de fazer nascimentos - O verbo tem que pegar delírio.
Manoel de Barros
Manoel de Barros
segunda-feira, 20 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Teruko Oda contempla a lua de outono
sexta-feira, 3 de julho de 2009
" Encontrar é achar, é capitular, é roubar, mas não há método para achar, só uma longa preparação.
Roubar é o contrário de plagiar, copiar, imitar ou fazer como.
Roubar é o contrário de plagiar, copiar, imitar ou fazer como.
A captura é sempre uma dupla captura, o roubo, um duplo-roubo, e é isto o que faz não algo de mútuo, mas um bloco assimétrico,
uma evolução a-paralela, núpcias, sempre "fora" e "entre".
Gilles Deleuze e Claire Parnet,
Dialogues
No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar. O último andar é muito longe: custa-se muito a chegar. Mas é lá que eu quero morar. Todo o céu fica a noite inteira sobre o último andar É lá que eu quero morar. Quando faz lua no terraço fica todo o luar. É lá que eu quero morar. Os passarinhos lá se escondem para ninguém os maltratar: no último andar. De lá se avista o mundo inteiro: tudo parece perto, no ar. É lá que eu quero morar: no último andar.
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo
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